A MISSÃO DE SERVIR COM AMOR E ALEGRIA

Antes de conhecer os Movimentos, Pastorais, Ministérios e Apostolados existentes na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, é preciso conhecer a sua importância, e mais ainda, a importância das pessoas que as compoem, os Leigos dentro da Igreja de Cristo.

 

 

 

"Ser membro de uma pastoral é ser obediente ao chamado de Deus..."

Katia H. de Andrade (Assistente Social)

 

 

“Amar e servir com alegria”, esse deve ser o sentimento de todas as pessoas que aceitam contribuir com seus dons para as mais diversas pastorais da Igreja católica, que buscam através de suas ações, atenderem determinadas situações em uma realidade específica, tendo como foco principal difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos.

 

 

Pe.Geraldo de Paula,

Missionário Redentorista

 
A VOCAÇÃO DOS LEIGOS
 

 

QUEM SÃO OS LEIGOS?

 

Os leigos são todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os que foram incorporados a Cristo pelo Batismo, que formam o Povo de Deus, e que participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo.

 

Os cristãos leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja; e devem ter uma consciência clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de “serem” Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com eles. Eles são a Igreja.

 

O leigo tem como vocação própria, procurar o Reino de Deus exercendo funções no mundo, no trabalho, mas ordenando-as segundo o Plano e a vontade de Deus. Cristo os chama a ser “sal da terra e luz do mundo”.

 

O leigo chega aonde o sacerdote não chega. Ele deve levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência, etc. Assim, no mundo do trabalho, levando tudo a Deus, o leigo contribui para o louvor do Criador.

 

O Concílio Vaticano II resgatou a atividade do leigo na Igreja: “Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social.” (CIC §906)

 

Sendo assim, todos os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, “eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito”. (CIC §900)

 

Mas, para que o leigo realize esta missão tão importante na Igreja, ele tem de ser bem formado em sua fé, conhecendo bem a doutrina ensinada pelo Magistério da Igreja, especialmente o Catecismo, e viva uma vida espiritual sadia, com participação nos sacramentos, meditação da Palavra de Deus, vida de oração, meditação, participação na pastoral, penitência e caridade. Enfim, uma vida de santidade.

 

Prof. Felipe Aquino

Inúmeras oportunidades se oferecem aos leigos para exercerem o apostolado de evangelização e santificação. O próprio testemunho da vida cristã e as obras, feitas com espírito sobrenatural, têm eficácia para atrair os homens à fé e a Deus; diz o Senhor:

 

“Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que vejam as vossas boas obras e
dêem glória ao vosso Pai que está nos céus”
(Mt. 5, 16).I

A PARÓQUIA

 

dá-nos um exemplo claro de apostolado comunitário porque congrega numa unidade toda a diversidade humana que aí se encontra e a insere na universalidade da Igreja. Acostumem-se os leigos a trabalhar na paróquia, intimamente unidos aos seus sacerdotes.

 

CULTIVEM O SENTIDO DE DIOCESE,

 

de que a paróquia é como que uma célula, e estejam sempre prontos, à voz do seu pastor, a somar as suas forças às iniciativas diocesanas.

 

A FORMAÇÃO PARA O APOSTOLADO,

 

é considerada como fundamento e condição de todo e qualquer apostolado fecundo. Além da formação espiritual, requere-se uma sólida preparação doutrinal, teológica, ética e filosófica, de harmonia com a idade, condição e capacidade. Para cultivar as boas relações humanas, é necessário promover os valores verdadeiramente humanos, a começar pela arte de conviver e cooperar fraternalmente, bem como a de estabelecer diálogo com os outros. Visto que a formação para o apostolado não pode consistir ùnicamente na instrução teórica, devem ir aprendendo gradual e prudentemente, desde o começo da formação, a ver, julgar e agir todas as coisas à luz da fé, a formar-se e aperfeiçoar-se com os outros por meio da ação e a entrar assim ao serviço ativo da Igreja. Ao realizar todas estas exigências da formação, devem ter-se sempre em conta a unidade e a integridade da pessoa humana, de tal modo que se ressalve e desenvolva a sua harmonia e equilíbrio.

 

Esta formação, que deve aperfeiçoar-se continuamente por causa da crescente maturidade da pessoa humana e em razão da evolução dos problemas, exige um conhecimento cada vez mais profundo e uma ação adaptada.

 

Deste modo, o leigo insere-se profunda e ativamente na própria ordem temporal, assumindo com eficiência a sua parte na solução dos seus problemas; ao mesmo tempo, como membro vivo e testemunha da Igreja, torna-a presente e ativa no meio das coisas temporais .

 

Vaticano, 18 de Novembro de 1965.

 

 

PAPA PAULO VI

 

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